Convivium [módulos anteriores]

ATENÇÃO: O novo módulo de Convivium se chama "A Alegoria do Mundo". Mais informações nesta página.

Abaixo você encontrará informações sobre os dois módulos anteriores e link para adquiri-los junto ao módulo 3 (as aulas estão em andamento e você pode se inscrever até abril de 2025).

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CONVIVIUM - Seminário Permanente de Humanidades nasce da compreensão de que em filosofia é preciso um contato mais direto entre professor e aluno, numa colaboração que suponha uma investigação em curso, um work in progress. A cada trimestre, tratarei de um tema central ao longo de 12 aulas semanais ao vivo (ficarão gravadas), auxiliadas por textos, áudios ou vídeos pré-gravados que serão disponibilizados em um grupo de suporte no Telegram.

Módulo 1: O Destino do Humanismo: uma leitura do Fausto de Goethe

Fausto (1832), de Goethe, é o mais importante poema da modernidade.

E é, conforme defendo nas 12 aulas de O Destino do Humanismo, um poderoso instrumento para a compreensão da modernidade e para a crítica do que chamo de “projeto humanista”.

Com as atuais iniciativas de educação clássica e o renovado interesse acadêmico por línguas antigas, importa investigar o desenvolvimento moderno do humanismo, suas glórias e fracassos. A obra de Goethe nos propicia um ponto de vista privilegiado para tanto.

Fausto, o homem que faz um pacto com o demônio (na verdade, mais uma “aposta” do que um pacto), é um índice do potencial autodestrutivo da cultura do Ocidente. O mundo histórico tem a tentação de se tornar puramente historicista, fechado em si mesmo, e o intelectual tem a tentação de tornar o universo do saber um microcosmo autorreferente, uma espécie de cubo mágico a ser manipulado de maneira gratuita – mas não sem graves consequências.

A Segunda Parte do Fausto de Goethe se encerra com a despedida de um velho mundo: o humanista, tornado empreendedor colonial, lança-se à destruição das próprias bases sociais e culturais que tornaram a existência dele possível.

Módulo 2: Os Livros da Vida: Abelardo, Dante, Cardano, Santa Teresa

Já no segundo módulo de CONVIVIUM (que é independente do primeiro) investigo quais mudanças se operaram na autoimagem do ser humano no início da modernidade, a fornecer as bases para o "projeto humanista" e possibilitar o surgimento de uma figura como o Fausto.

Proliferam-se, entre os séculos XII e XVI, as narrativas autobiográficas. A vida humana, contada pelos seus próprios protagonistas, quer a partir de um ponto vista divino, quer a partir de um ponto de vista puramente humano, torna-se um tema dominante. É conveniente apreciar o que alguns textos-chave nos sugerem a respeito:

+ História das Minhas Calamidades (1132), de Pedro Abelardo, um dos grandes lógicos medievais;

+ Vida Nova (1294), de Dante Alighieri, o maior poeta europeu;

+ Livro da Minha Vida (1576), de Girolamo Cardano, astrólogo e matemático, espécie de celebridade internacional do Renascimento;

+ Livro da Vida (1588), de Santa Teresa d’Ávila, Doutora da Igreja e mística co-fundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços.

Minimódulo: Férias com humanistas

As duas aulas deste módulo-relâmpago se destinam a quem gostaria de ter uma visão mais abrangente do "projeto humanista" antes de se atirar ao seu estudo. Foram lecionadas após os dois módulos acima, mas as situei no início de "O destino do humanismo" para que cumpram sua função introdutória.

Na primeira aula falo sobre como o “Fausto” nos ensina a ver o mundo moderno e sobre o quanto se reflete nele de uma sensibilidade antes desconhecida. É essa sensibilidade que busco ilustrar em poetas como Dante Alighieri, filósofos como Pedro Abelardo e místicas como Santa Teresa d’Ávila.

Já na segunda aula trato da “imaginação alegórica”, de alguns princípios da iconografia renascentista e dos seus impactos na mentalidade contemporânea.